
Gestão Territorial e Meio Ambiente
Em São Paulo temos 02 [duas] terras indígenas que somam aproximadamente 700 hectares de Mata Atlântica dentro da capital que estão sob os cuidados e vigilância dos Guarani.
Os anos de avanço da cidade no território Guarani trouxeram a certeza de que a expansão da cidade e dos bairros, dentro das áreas de mata, caus um grande impacto ambiental em São Paulo. A expansão metropolitana precisa ser acompanhada de um projeto sério em que seja, a mãe terra, a prioridade de bem maior da vida no planeta.
São paulo representa o centro econômico financeiro que gera o modelo de vida mais consumista e desrespeitoso ao meio ambiente no Brasil, portanto somente com a ancestralidade dos povos originários que ainda mantem o vínculo e respeito a terra sagrada é possível influenciar e cobrar das autoridades projetos sérios e eficazes para barrar o desmatamento e destruição do bioma da Mata Atlântica.
A precariedade do saneamento basico em São Paulo influencia diretamente na calamitosa situação das áreas verdes da cidade. Os problemas de saude de comunidades carentes estão diretamente relacionados a falta de saneamento básico. Em tempos como o que vivemos hoje, onde o esgoto substitui o rio e o lixo apaga as cores da natureza, os paulistanos têm sentido na pele a falta da qualidade do ar e de água limpa, portanto se faz necessário implementação de políticas voltadas ao equilíbrio ambiental.
A questão do saneamento básico influencia diretamente na ambiental. A partir de um meio meio ambiente equilibrado temos uma sociedade com saude e qualidade de vida, pureza do ar, da água quesitos fundamentais para a saude pública.
O município de São Paulo tem a grande responsabilidade e o maior desafio nas mudanças de hábitos. A conscientização deve começar pelo poder público com políticas inovadoras e audaciosas para promover a educação ambiental tendo como base valores dos povos ancestrais.


Educação
A criação de uma Coordenadoria Especial para Assuntos indígenas, ligada à Secretaria Municipal de Educação, com a função de promover a questão indígena nos demais órgãos do governo.
A realização de um levantamento da real situação da escola, em âmbito municipal , para conhecer o trabalho dos diretores e professores em relação à lei 11.645/08 , em vista de um plano de ação;
Verificar se professores e direção da escola identificam ou identificaram alunos indígenas no ensino fundamental e médio, fruto da crescente migração para a cidades, diante da expulsão de seus territórios tradicionais, principalmente de povos vindos do Norte, Nordeste e de outras regiões do Brasil.
Propostas:
I. Censo escolar indígena para próximos anos, a fim de identificar grupos diversos no ambiente escolar, a fim de valorizar sua cultura como troca de saberes;
II. Verificar se existe no ambiente escolar CDs, DVDs, livros e outros materiais que favoreçam a questão; e caso constate a sua ausência, buscar material em grupos de pesquisas e universidades;
III. Realizar debates, seminários, projeção de filmes etc., como meio para estimular uma reflexão, possibilitando a introdução de um material que aborde a temática indígena e que traga a real situação dos povos indígenas do Brasil;
IV. Convidar professores indígenas para palestras a fim de realizar uma introdução ao pensamento indígena na rede publica principalmente junto àqueles que estão realizando projetos e pesquisas no ambiente acadêmico;
V. Introduzir no ambiente escolar uma semana de estudos com este tema no mês de setembro ou aproveitar o agosto indígena, em agosto, com finalidade de desmistificar o conceito de índio no ambiente escolar, não mais como povos do passado, mas como povos e comunidades do presente e atuantes e torná-la oficial dentro do calendário escolar junto às escolas de ensino fundamental e médio de todo Brasil.
VI. Reavaliar as práticas atuais de ensino inserindo novas propostas para a educação, principalmente dando ênfase à realidade local de grupos indígenas que vivem em contexto urbano;
VII. Mapear a real situação indígena e suas organizações, apresentar à rede de educação no município de São Paulo o material destas organizações indígenas, para que se realize uma parceria com as Diretorias de Ensino, podendo dar uma contribuição a esta nova proposta de conteúdo.
VIII. Aplicar para a Secretaria Municipal de Educação um kit de material pedagógico de conteúdo indígena, para as Diretorias de Ensino, supervisores de Ensino, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, auxiliares técnicos de educação para apoio às atividades de classe.
IX. Criar nova metodologia a ser implementada em sala de aula, com utilização de livros, CDs, DVDs, calendário, entre outros materiais a serem discutidos em sala de aula. Material a ser utilizado em sintonia com a lei 11.645/08 e coordenadores pedagógicos durante o ano letivo, preparando os para um debate maior junto ao Agosto Indígena.


Cultura
Modo de viver Guarani: Nhandereko é como nós, Guarani Mbya, denominamos o que os não-índigenas chamam de cultura. Mas nhandereko para nós é mais do que isso. É todo o nosso modo de ser, o nosso modo de viver, o jeito como nós educamos nossos filhos e nossas filhas, como enxergamos o mundo, como nos relacionamos com a nossa espiritualidade. É impossível para o não-índigena entender o que é o nhandereko, porque somente vivendo é que se compreende o que ele é.
Propostas:
I. Ampliação de programas como o VAI I e II , leis de fomento e a cultura na periferia e a urgente aprovação da lei do Programa Aldeias na Câmara Municipal.
II. O Programa Aldeias é um Projeto de Lei [PL], que tramita para aprovação na câmara. O nome do PL é: Teko Porã: fortalecimento de Terras Indígenas
III. Criação do PL do Agosto Indígena no Município de São Paulo
IV. Crianção do Centro Cultural dos Povos Indígenas de São Paulo.
Saude e Alimentação
Manejo da Terra do Mundo: Os Guarani, possuem um calendário anual próprio, baseado nos ciclos dos animais, das plantas e das chuvas, de respeito e preservação da natureza.
Para mantermos o nosso modo de viver. A floresta, a mata e os recursos são fundamentos.
Um grande desafio da sociedade é diminuir o consumo de alimentos transgênicos substituindo a forma de consumo por produtos organicos e incentivar a agricultura familiar de pequenos produtores. Criando espaços e eventos pela cidade, como feiras de troca de sementes, exposição de produtores orgânicos, invcentivo a permacultura e agrofloresta.
Propostas:
Curso de medicinas tradicionais onde as pessoas aprenderiam a usar e cultivar plantas e hortaliças que servem no combate a enfermidades.
Criação de um PL que proiba o uso de alimentos transgênicos nas merendas escolares.